Saímos atrasados do ponto de encontro, na igreja. Normal. Se saíssimos na hora é que seria estranho, afinal, são duzentas pessoas se encontrando, conversando, brincando e arrumando suas bagagens. Chegamos em Camamu cerca de 6 horas e muitos lanches depois.
A viagem de ônibus foi tranquila, animada. A expectativa pra quem vai pela primeira numa viagem como estas é grande. Ainda mais com os boatos que ouvíamos, sobre ter que andar em mangues, pular na água com a bagagem e coisas do gênero.
O coral estava levando seu equipamento de som, composto de enormes caixas de som, mesa de som, microfones, cabos, e muitas outras coisas. Para carregar cada caixa era necessário quatro homens. Além disso os coristas ainda levavam suas bagagens e seus colchonetes.
Embarcamos num barco alugado e viajamos por mais duas horas e meia até Barcelos do Sul. Pelo menos até perto de lá. Para nossa infelicidade os boatos eram verdadeiros. O barco só ia até o cais daquele lugar lindo se e somente se a maré estivesse alta. Chegamos e a maré já estava baixa. Nos restou pular na água, com bagagens, colchonetes e equipamentos. Lama no joelho, água na cintura.
Andamos cerca de 500 metros assim, e nem sabíamos o que nos aguardava ao chegarmos naquele lugar belíssimo: um belo morro que de tão íngreme precisávamos usar as mãos para subir. A cena era inacreditável. Parecíamos desbravadores. O mais incrível era que pessoas moravam lá.
Os moradores eram muito gentis. Nos ajudaram a localizar a igreja, a carregar a bagagem. O lugar só tinha uma escola, até a quarta série, e um posto de saúde. Ah, e havia a praça aonde iríamos cantar logo mais.
Demoramos tanto de desembarcar e de chegar à igreja, que deu tempo apenas de tomar um banho, tomar café e irmos para a praça cantar. Ajudamos o irmão do som a montar as caixas e depois fomos fazer nosso trabalho, cantar por duas horas em pé.
Enquanto cantávamos eu olhava as crianças da cidade. Tão pobres, tão necessitadas. Será que não poderia levar alguma comigo? me senti mal com este pensamento. Achei feio pensar que poderia pedir pra alguém abrir mão de seu filho só porque eu tinha um quartinho esperando por ele.
Esqueci temporariamente a história e voltei a me concentrar na música. Mesmo tão cansados, foi a melhor apresentaçao do coral. Muito emocionante. Os olhos das pessoas brilhavam. As crianças estavam quietas, prestando atenção. A noite acabou e fomos dormir.
No outro dia lá estava o coro novamente arrumando suas malas de manhã bem cedo, para mais um vez entrar num barco e ir para outra ilha. Mas desta vez esperamos a maré subir.
Quando chegamos em Ilha Grande já estava na hora do almoço. Se me apaixonei pela beleza de Barcelos do Sul, por Ilha Grande eu era capaz de entrar num mangue novamente. Mas graças a Deus não foi necessário. A única dificuldade do lugar era o fato de termos que andar com malas e equipamentos por 30 minutos até chegarmos na igreja.
A apresentação seria de noite. Almoçamos e tinhamos a tarde para descansarmos, e eu aproveitei para explorar um pouco o lugar. Fomos até a praia. O lugar era paradisíaco. Parecia que eu estava num quadro pintado. Era tudo tão perfeito, tão lindo. Mas as coisas não estavam lindas dentro de mim. Eu continuava com aquela tristezinha no meu coração, por ainda não ter meu filho. Já era novembro, e com tanto feriados e com a greve do juizado, dificilmente conseguiria ter meu filho antes do Ano-Novo.
Caiu a noite e lá foi o coral para a praça. Lá em Ilha Grande as coisas já eram mais evoluidas. Havia pizzaria, mercado, clube de festas, escolas, orelhão! um avanço em relação a Barcelos do Sul.
A apresentação mais uma vez foi linda. A praça estava cheia de novo. Quando acabamos, resolvemos permanecer na praça e ficamos brincando como crianças. É como se não quiséssemos que aquele momento acabasse. Mas o cansaço veio forte e mandou todos para seus colchonetes.
Na volta pra casa, no outro dia, voltei mais triste ainda. orei muito no ônibus, pedindo a Deus que me desse um filho. Nem as brincadeiras do coro em alegravam mais. Só conseguia olhar a bela paisagem que passava, e ficava a me perguntar porque eu não podia gerar. Porque eu?
Paramos em Valença pra almoçar. Meu pai nasceu lá, e havia alguns parentes meu ainda morando ali. É uma cidade que tem muitos locais turísticos. Passei muitas férias minhas em Valença. O lugar me trazia boas lembranças.
Só havia 20 minutos para o almoço, por isso não deu tempo de ir na casa de minha tia Maria. Ela era a responsável por me inscrever no juizado de lá. Quando liguei pra ela um mês atrás não sabia que ela havia levado isso tão a sério.
A viagem de ônibus foi tranquila, animada. A expectativa pra quem vai pela primeira numa viagem como estas é grande. Ainda mais com os boatos que ouvíamos, sobre ter que andar em mangues, pular na água com a bagagem e coisas do gênero.
O coral estava levando seu equipamento de som, composto de enormes caixas de som, mesa de som, microfones, cabos, e muitas outras coisas. Para carregar cada caixa era necessário quatro homens. Além disso os coristas ainda levavam suas bagagens e seus colchonetes.
Embarcamos num barco alugado e viajamos por mais duas horas e meia até Barcelos do Sul. Pelo menos até perto de lá. Para nossa infelicidade os boatos eram verdadeiros. O barco só ia até o cais daquele lugar lindo se e somente se a maré estivesse alta. Chegamos e a maré já estava baixa. Nos restou pular na água, com bagagens, colchonetes e equipamentos. Lama no joelho, água na cintura.
Andamos cerca de 500 metros assim, e nem sabíamos o que nos aguardava ao chegarmos naquele lugar belíssimo: um belo morro que de tão íngreme precisávamos usar as mãos para subir. A cena era inacreditável. Parecíamos desbravadores. O mais incrível era que pessoas moravam lá.
Os moradores eram muito gentis. Nos ajudaram a localizar a igreja, a carregar a bagagem. O lugar só tinha uma escola, até a quarta série, e um posto de saúde. Ah, e havia a praça aonde iríamos cantar logo mais.
Demoramos tanto de desembarcar e de chegar à igreja, que deu tempo apenas de tomar um banho, tomar café e irmos para a praça cantar. Ajudamos o irmão do som a montar as caixas e depois fomos fazer nosso trabalho, cantar por duas horas em pé.
Enquanto cantávamos eu olhava as crianças da cidade. Tão pobres, tão necessitadas. Será que não poderia levar alguma comigo? me senti mal com este pensamento. Achei feio pensar que poderia pedir pra alguém abrir mão de seu filho só porque eu tinha um quartinho esperando por ele.
Esqueci temporariamente a história e voltei a me concentrar na música. Mesmo tão cansados, foi a melhor apresentaçao do coral. Muito emocionante. Os olhos das pessoas brilhavam. As crianças estavam quietas, prestando atenção. A noite acabou e fomos dormir.
No outro dia lá estava o coro novamente arrumando suas malas de manhã bem cedo, para mais um vez entrar num barco e ir para outra ilha. Mas desta vez esperamos a maré subir.
Quando chegamos em Ilha Grande já estava na hora do almoço. Se me apaixonei pela beleza de Barcelos do Sul, por Ilha Grande eu era capaz de entrar num mangue novamente. Mas graças a Deus não foi necessário. A única dificuldade do lugar era o fato de termos que andar com malas e equipamentos por 30 minutos até chegarmos na igreja.
A apresentação seria de noite. Almoçamos e tinhamos a tarde para descansarmos, e eu aproveitei para explorar um pouco o lugar. Fomos até a praia. O lugar era paradisíaco. Parecia que eu estava num quadro pintado. Era tudo tão perfeito, tão lindo. Mas as coisas não estavam lindas dentro de mim. Eu continuava com aquela tristezinha no meu coração, por ainda não ter meu filho. Já era novembro, e com tanto feriados e com a greve do juizado, dificilmente conseguiria ter meu filho antes do Ano-Novo.
Caiu a noite e lá foi o coral para a praça. Lá em Ilha Grande as coisas já eram mais evoluidas. Havia pizzaria, mercado, clube de festas, escolas, orelhão! um avanço em relação a Barcelos do Sul.
A apresentação mais uma vez foi linda. A praça estava cheia de novo. Quando acabamos, resolvemos permanecer na praça e ficamos brincando como crianças. É como se não quiséssemos que aquele momento acabasse. Mas o cansaço veio forte e mandou todos para seus colchonetes.
Na volta pra casa, no outro dia, voltei mais triste ainda. orei muito no ônibus, pedindo a Deus que me desse um filho. Nem as brincadeiras do coro em alegravam mais. Só conseguia olhar a bela paisagem que passava, e ficava a me perguntar porque eu não podia gerar. Porque eu?
Paramos em Valença pra almoçar. Meu pai nasceu lá, e havia alguns parentes meu ainda morando ali. É uma cidade que tem muitos locais turísticos. Passei muitas férias minhas em Valença. O lugar me trazia boas lembranças.
Só havia 20 minutos para o almoço, por isso não deu tempo de ir na casa de minha tia Maria. Ela era a responsável por me inscrever no juizado de lá. Quando liguei pra ela um mês atrás não sabia que ela havia levado isso tão a sério.
Passei o domingo triste. Chegamos em Salvador de noite, após muitas lágrimas escondidas e após quase batermos o ônibus. Foi uma viagem realmente inesquecível.
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